Os olhos, os traços soltos em carícias leves,
murmuram o mundo, a sua dança, o seu clamor,
os seus aromas festivos,
e a lua, em seu rosto levíssimo flutua,
porque o sol é o astro, que em seu silêncio levita.
Na extremidade das flores, onde um veludo
precioso dormita,
a vida é o anoitecer deslumbrado.
Nos olhos de um Poeta, a dança do mundo,
os seus desenhos festivos acariciam a luz,
a vida é o anoitecer deslumbrado.
Nos olhos de um Poeta, a dança do mundo,
os seus desenhos festivos acariciam a luz,
os seus bailados.
Nos jardins do seu nome, as palavras
Nos jardins do seu nome, as palavras
resplandecem.
Nos ramos do silêncio, um pássaro pousou,
Nos ramos do silêncio, um pássaro pousou,
ainda há pouco,
nas praias obscuras, em suas fúlgidas areias
o Poeta, em seus olhos de silêncio se banhou,
inebriado de canto e púrpura
nas praias obscuras, em suas fúlgidas areias
o Poeta, em seus olhos de silêncio se banhou,
inebriado de canto e púrpura
e os seus traços, acompanhando os acordes
misteriosos, reinventaram os ritmos,
a criação,
sobre membranas fluidas,
sobre membranas fluidas,
recamadas de vida.
Texto: Maria do Sameiro Barroso, in,
Texto: Maria do Sameiro Barroso, in,
"António Ramos Rosa, Fotobiografia", 2005
Foto: Alba Luna
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