quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Carlos Paião - Cinderela

Façam favor de serem Felizes!!
Amiga, cantamos??! Lol


Cala-te!



"Cala-te, a luz arde entre os lábios,
e o amor não contempla, sempre
o amor procura, tacteia no escuro,
essa perna é tua?, esse braço?,
subo por ti de ramo em ramo,
respiro rente à tua boca,
abre-se a alma à lingua, morreria
agora se mo pedisses, dorme,
nunca o amor foi fácil, nunca,
também a terra morre."

Eugénio de Andrade
Foto: GrENDel

A Vida




A vida, as suas perdas e os seus ganhos, a sua
mais que perfeita imprecisão, os dias que contam
quando não se espera, o atraso na preocupação
dos teus olhos, e as nuvens que caíram
mais depressa, nessa tarde, o círculo das relações
a abrir-se para dentro e para fora
dos sentidos que nada têm a ver com círculos,
quadrados, rectângulos, nas linhas
rectas e paralelas que se cruzam com as
linhas da mão;

a vida que traz consigo as emoções e os acasos,
a luz inexorável das profecias que nunca se realizaram
e dos encontros que sempre se soube que
se iriam dar, mesmo que nunca se soubesse com
quem e onde, nem quando; essa vida que leva consigo
o rosto sonhado numa hesitação de madrugada,
sob a luz indecisa que apenas mostra
as paredes nuas, de manchas húmidas
no gesso da memória;

a vida feita dos seus
corpos obscuros e das suas palavras
próximas.

Nuno Júdice, in "Teoria Geral do Sentimento"

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Ana Carolina -- Quem de nos dois


Adoro esta música. Ouço vezes sem conta...
Este concerto dela deve ter sido fantástico!!



Sara Bareilles - Gravity

Sublime!!!


sábado, 5 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Quando Se Ama Realmente


Mais uma tradução feita por mim.
Desculpem se estiver fora de contexto...



Quando você realmente ama
Não existe expressão alguma
Que seja suficiente
Para sair da alma.
Isso que nos oprime o peito,
Queimando como ferro em brasa,
De só pensar em um beijo.
Turbilhão de pensamentos,
Como as águas de um rio
Contra a corrente.


Eu
não conheço a forma
De dizer Eu te Amo,
Sem meus olhos escurecerem
Pela emoção do encontro.
Não tenho nenhuma maneira de lembrar-te,
Sem que meu coração
se agite,
Devolvendo-me o calor do teu peito.
E é que, são apenas tuas mãos
Aquelas que podem arrancar as cordas,
Que dão vida ao arpejos
Da guitarra do meu corpo.


E se
eu sentir você por perto,
Mesmo que por um curto período de tempo,
Meus passos são lentos,
Meu silêncio é acentuado.
E a noite ao meio-dia,
Tem seus laços apressados.

Se tu me faltas, sobra-me tudo.
Para viver só me bastam
As tuas palavras, os teus olhares,
E o calor de teus braços.

María Elena V. Astorquiza Santiago,
02 de Fevereiro de 2011

Foto: Kissing His Feathers by Liliana Sanches