sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Blogue Encerrado




Este blogue a partir de hoje será encerrado.

A todas as pessoas amigas/os que o visitaram e comentaram o meu

Muito Obrigada.


Até Sempre!


LovelyGata



quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Amor que dói… mas é bom!


Em dias como o de hoje, brilhante, calorento, sorridente,
As pessoas tinham por obrigação andar felizes,
Com um sorriso no rosto.
Por incrível que pareça, o tempo em nada contribui
Para a disposição das pessoas,
Pois vejo-as tristes, melancólicas, desanimadas.
O que contribui então para mudar o humor de uma pessoa?
O bom e velho sentimento chamado Amor!
O Amor que tanto nos faz rir como chorar.
Lágrimas de alegria ou de tristeza, doces ou salgadas.
Lágrimas que mostram o que o coração sente mas não diz.
Lágrimas derramadas que são palavras da alma.
Amor que dói… mas é bom!


Foto: Chip Phillips

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Penso em Ti!


Nas memórias do tempo procuro por ti
Nas lutas diárias não desisti.
Esfumam-se as sombras, sorriem os vultos
Percorro caminhos antes ocultos.

Afasto os fantasmas que me habitam a alma.
Penso em ti! E então sorrio…fico calma.
Nada, nem ninguém, me apagará a vontade.
Deserta está minha alma com a saudade.

Tenho sede de beber teu corpo
Tenho fome de comer tua essência.
Palavras não são mais que desejo fosco,
Gestos voluntários exigem paciência…
Foto: A. Brito

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Tu e eu. Os dois.

Tocas-me o corpo no acto que vem
Adiamos os pensamentos para depois
Sem importar o que o mundo tem
Tu e eu. Os dois.
E desces ao fundo de mim.
Queimas a pele, rasgas o desejo
Assim...
Derretes o olhar, eternizas o beijo
Perdidos na noite, no momento
Silencias as palavras
Num eterno movimento
O meu corpo acaricias e agarras.
Sopras-me palavras de amor ao ouvido
E pelo teu mar fiquei
Como um barco perdido
Ás tuas ondas me abandonei
Texto: Barely Ilegal

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Solidão




















Quando a solidão bate,
eu não sei o que fazer,
não sei o que pensar.
Mas sinto, sinto um vazio na alma
Neste momento estou muito mais do que triste,
Estou aos pedaços, nem meus cacos eu consigo juntar.
Hoje é um daqueles dias vazios…plenos de nada…
A alma plaina, sai do corpo…
vaja … procurando…
Mas volta, volta sempre...
e com ela voltam os pensamentos, o vazio...
Haverá o dia em que de alma vazia…
por quimera ou por magia…
O meu espírito se encha de alegria...


Texto e foto: Autores desconhecidos

Alma Perdida


Ela passou-se outra vez...
Vai e volta, mas nunca fica...
Ninguém sabe o caminho, o caminho faz-se.
Ela não faz nada, espera que alguém lhe indique um caminho ou, então, diz que apenas segue o caminho já traçado...
Ela não caminha, arrasta-se pelo chão...
Ela levanta-se, mas volta a cair.
Ela sente um estranho e mórbido prazer em cair, diz que é uma tentação.
Ela tropeça em todas as pedras, não se desvia.
Ela pica-se em todas as silvas, não se preserva.
Ela pára, fica algum tempo, depois segue adiante a olhar para trás, e volta ao ponto de partida...
Ela não sabe o caminho para encontrar o Ser.
Ela perdeu-se...
Eu rezo pela Alma perdida, e tu?

Texto: Hecate
Foto: Liliana Sanches

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Fada Encantada e Menina


Era uma vez uma fada pequenina
Que pela floresta encantada voava.
De repente viu uma menina
Que junto ao rio chorava.

- Porque choras tu, menina linda?
Perguntou a fada.
A menina, que também era pequenina,
Para um lado e para outro olhou, assustada.

Como não viu ninguém perguntou, admirada:
- Quem está aí?
- Sou eu, a fada Lili. Estou aqui,
Acenou a fada.

Ainda sem ver,
A menina se levantou
Procurando a voz que tranquilizou
Aquela dor que a fazia sofrer.

- Onde estás? Perguntou ela,
Sem medo e com convicção.
- Estou aqui mesmo - respondeu a fada,
- Em frente ao teu coração.

A menina viu a fada e sorriu,
Porque, muito feliz, descobriu
Que não estava mais sozinha e perdida
Na floresta esquecida.

Deixou, de modo agradável,
A fada poisar na sua mão.
Já que criatura tão adorável
Só podia ter bom coração.


Juntas foram, pela estrada da vida,
Sempre a rir e a falar.
A menina encontrou uma amiga
Que para toda a eternidade ía amar.


Texto: Lovely e Yol

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Distante de Ti


As tristezas da vida empurram-nos para o abismo.
As alegrias salvam-nos da perdição total.
A distância entre bater no fundo e a salvação
É encurtada, ou alongada, consoante as derrotas,
Ou as vitórias, que vivemos diariamente.
Para isso contribuem todos aqueles que nos rodeiam,
Que, de uma forma ou de outra,
Alteram o rumo da nossa vivência,
Alteram o humor do nosso dia.
Distante de Ti!
Vejo o abismo cada vez mais próximo.
A cada passo que dou sinto o chão
Tremer sobre os meus pés.
Ou serão os meus pés que tremem
Por adivinhar seu destino final?
A medo vou caminhando.
Levando comigo a fé e a certeza de que basta
Um mínimo gesto, um sorriso, um olhar,
Uma palavra doce sussurrada no meu ouvido,
Para que a salvação seja efectiva.
Para que o abismo fique como eu te sinto neste momento,
Distante de Mim…

A chuva que cai lá fora


A chuva que cai lá fora leva com ela a tristeza,
A angústia, a revolta, a saudade.
A chuva que cai lá fora trás com ela a verdade
O desejo, a força de vontade.
A chuva que cai lá fora está destinada a anular
As lágrimas, a mágoa sentida.
A chuva que cai lá fora anuncia um novo dia
Uma nova hora, uma nova vida.
A chuva que cai lá fora foi pedida por mim
Para apagar este calor, esta dor.
A chuva que cai lá fora cá dentro anuncia
A esperança... de um novo Amor
.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Deusa Menina


A menina passeava pela areia da praia,
Olhava as ondas do mar e sonhava...
Sonhava ser a gaivota que via voar livre,
Sobre o imenso mar azul.
Sonhava ter o brilho majestoso, glamouroso, do pôr-do-sol,
Sempre que, silenciosamente tocava as águas do mar,
E se deitava sobre o seu manto.
Sonhava descobrir a fórmula mágica do Amor, da Paixão,
Misturada com a do Carinho, da Sedução.
Sonhava e chorava…
Lágrimas voluntárias escorriam pela face da menina
(já feita mulher, mas que para sempre se iria sentir menina).
Sentia-se perdida…
Tentação: o mar ali tão perto. Liberdade…
Deusa Menina acreditava que iria ser feliz.
Virou as costas à tentação e foi procurar o ser Destino.
Sabendo de antemão que não seria fácil,
Mesmo assim acreditava em si, pois nada do que tem valor
E importância neste mundo, é fácil de se alcançar.
Com este pensamento na mente, secou as lágrimas,
E colocou o seu melhor sorriso no rosto.
Ela é uma vencedora!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

À Procura de Ti


Fui corsária em busca de ricos tesouros.
Pirata terrivel, desprovida de dó, ferida no peito, maldizente do destino.
No meio da imensidão do mar encontrei, ao olhar para o ceú, por entre as estrelas, o brilho do teu olhar. O mais singelo e puro de todos aqueles que jamais os meus olhos haviam visto.
Ao segui-lo fui parar a terra e transformei-me em poeta, trovadora que ia cantando o amor que em mim fizeste despontar. Procurei-te, segui o teu rasto. Foste meu ímpeto, minha força, minha bús
sola, minha estrela guia.
Sem saber ler as palavras do mapa da vida, deixei-me guiar pelos sentidos, pelo bater do meu coração.
Achei-me como Pessoa, desejei ser como Camões para te contemplar com belos poemas de ternura. Quando te encontrei, disseste-me que era apenas eu e que assim é que me querias.
Despi a capa de pirata ambiciosa. Tirei o manto de salteadora e vesti o de escrava. Tornei-me cativa do teu beijo, prisioneira da paixão, serva dos teus ensejos.
Deixei de almejar imensos tesouros pois em ti encontrei a vida, contigo aprendi a chorar, a sentir e a cultivar o amor. E, quando te envolvo nos meus braços julgo-me a rainha do mundo que protege a sua maior riqueza: tu...minh'alma, meu fado.


Texto: Filipa Moledo
Foto: Liliana Sanches

terça-feira, 15 de julho de 2008

Sedução


Um jogo que a vida idealizou.
Pode começar com uma palavra
Essa palavra pode levar a um olhar
Esse olhar pode levar a um toque
Esse toque pode levar a um beijo.

Pode ser simples ou complicado
Pode ser seguro ou arriscado.
Seja como for ele guarda,
Um segredo bem guardado.

Uma vez que se inicia o jogo
Não há forma de o parar
O coração arde como o fogo
A razão deixa-se levar.

O sabor a mistério perdura na boca
O suor das mãos é intenso
O calor do corpo sobe de força
O desejo, o querer, é imenso.


Texto: PoCoYo e Lovely

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Destino


Quem disse à estrela o caminho
Que ela há-de seguir no céu?
A fabricar o seu ninho
Como é que a ave aprendeu?
Quem diz à planta «Floresce!»
E ao mudo verme que tece
Sua mortalha de seda
Os fios quem lhos enreda?


Ensinou alguém à abelha
Que no prado anda a zumbir
Se à flor branca ou à vermelha
O seu mel há-de ir pedir?


Que eras tu meu ser, querida,
Teus olhos a minha vida,
Teu amor todo o meu bem...
Ai! não mo disse ninguém.
Como a abelha corre ao prado,
Como no céu gira a estrela,
Como a todo o ente o seu fado
Por instinto se revela,
Eu no teu seio divino
Vim cumprir o meu destino...
Vim, que em ti só sei viver,
Só por ti posso morrer.


Texto: Almeida Garrett
Foto: Raphael o pensativo


sexta-feira, 4 de julho de 2008

O Amor...


Para mim, algo inexprimível em palavras, somente possível em acções...
O Amor... Um sentimento intemporal, incondicional... Facilmente confundível com o ódio...
O Amor... A sensação de borboletas a voar no estômago, o perfume de um jasmim e um sorriso sincero...
Uma leve melodia, um toque suave na pele, um dia de alegria...
O Amor...?
Descrevê-lo? Impossível...
Senti-lo? Plausível...
Quem ama, sente... Quem sente, ama...
O Amor é o sentimento que nos une e que nos afasta...
Diria mais, é o sentido da nossa vida e o que nos falta quando estamos sós...
Do Amor todos podemos falar...
Mas o verdadeiro significado só é consentido a quem ama ou já amou de forma genuína, autêntica...

Texto: Kenzo

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Reflexo de Mim


Era uma vez...



Uma velha, muito velha, disse: «Queres que te conte uma história?» e a menina respondeu: «sim». E a velha, muito velha, começou a contar...
«1,2,3, vi uma vez...»


Na mais elevada montanha, rodeado de núvens brancas como a neve e fofas como o algodão, um castelo se erguia feito de sonhos e fantasias. Dele fazia parte tudo quanto se sabia ser o imaginado nos sonhos cor-de-rosa e o desejado nas fantasias. Cada pedra era um sonho, cada janela rasgada era uma fantasia e cada parte de massa era uma força de Vontade... Era um imponente, belo, admirado, mas só, de tempos a tempos, alguém o habitava e por momentos apenas... Porquê? Na realidade, o interior do castelo estava vazio, e tudo quanto os seus felizes habitantes viam se desfazia ao ser tocado... Assim que se apercebiam da cruel realidade, os recém-chegados habitantes logo partiam em busca do que os havia trazido até ali...
Ninguém pode viver sempre dentro dos Sonhos e das Fantasias por maior que seja a sua Força, a sua força da Vontade...


E a menina, desiludida com a História, ao tocar a velha, muito velha, viu esta desfazer-se...


Texto: hecate

terça-feira, 1 de julho de 2008

Corrente da Vida


Jangada no rio da vida
Entrego meu destino na tua mão.
Corrente calma ou corrente corrida.
Tu guias. Eu vou ao sabor da paixão.

Deixo-me ir de olhos vendados.
Sem medo, sem culpa, sem pudor.
Os dados foram lançados,
Tu sabes onde encontrar o amor.

Conduz-me pelos trilhos com calma,
Meu amor há-de me esperar.
Pois sabe que tenho minha alma,
Meu corpo e minha vida para lhe dar.


Foto: Rarindra Prakarsa

Palavras Cruzadas

Palavras cruzadas,
Em mistérios envoltas.
Das bocas jorradas,
Ao vento soltas.

Palavras que ferem,
Como facas afiadas.
Que nem sempre medem
As dimensões alcançadas.

Palavras que seguem
Por caminhos obscuros.
Que as vezes precedem
Pensamentos confusos.

Palavras proferidas
Sem retorno a dar.
São mágoas… são feridas…
Que o tempo não vai sarar.

O Lado Negro do Camaleão Humano




















Decorar e ensaiar com a finalidade de fascinar...
Iludir e incoorporar com a finalidade de convencer...
Mentir e forjar com a finalidade de enganar...
Chorar e implorar com a finalidade de sensibilizar...
Fixar e adaptar com a finalidade de manipular...

Usas tão bem a mentira que fazes crer que és de verdade.
Usas tão bem a retórica que pareces ter sabedoria.
Usas tão bem a manipulação que pareces ser sincero.
Usas tão bem o cálculo que pareces obter o resultado certo.

Texto: hecate
Foto: Lara Pires

sábado, 28 de junho de 2008

Amiga Minha


Amiga minha, do meu coração.
Estás tão longe e ao mesmo tempo tão perto!
Pois sei que sempre que de ti preciso, tu dás-me a mão.
Tenho o teu apoio e carinho como dado certo.

Amiga minha, confidente por excelência.
Contigo desabafo, abro minha alma,
Meus pensamentos, minha essência…
De ti recebo a palavra de apoio, que me acalma.

O contrário também é verdade,
Estou sempre pronta para te ouvir.
Ajudar-te a encontrar o caminho da felicidade,
Ajudar-te a ver o mundo a sorrir.


quarta-feira, 25 de junho de 2008

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Desejo desmedido


No silêncio da noite escuto o bater do meu coração.
No escuro da vida procuro apenas uma razão:
O porquê de te querer assim, desenfreadamente louca.
Desejo-te até à exaustão, quero arrancar-te a roupa.

Quero ouvir-te gemer baixinho, no meu ouvido,
Quando beijar o teu corpo, lamber o teu umbigo.
Quero sentir teu corpo quente junto ao meu,
Quero passear meu cheiro em ti, levar-te ao céu.

Quero que, com voz rouca me digas, para te beijar.
Quero que me implores para eu não parar.
Quero ver teus olhos brilharem e o teu rosto sorrir,
Quero ver todo teu ser tremer de prazer…e sentir.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Castelos de Areia


Castelos de areia.
Assim é a vida feita!
Construímos, edificamos, idealizamos
Com tanto amor e carinho.
Vem uma onda, ou uma rajada de vento,
E num segundo destrói tudo aquilo que
Levamos uma vida inteira a conseguir.
O que nos resta agora?
Um monte de areia dispersa…numa praia deserta.
É então que temos a opção de reconstruir o que a vida destrói,
ou de chorarmos eternamente pelo que se foi.
É o que distingue os vencidos dos lutadores.
Só os audazes e corajosos alcançam a vitória.
Texto: Lovely e Filipa

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Receita da Vida


Não há vulgaridade quando se consegue exprimir
O que se sente de tão diversas formas.
Assim sendo, a vida também seria banal.
E ela não o é, quando a decoramos utilizando
Vários ornamentos.
Não existe vulgaridade quando se reconhece
O nosso erro e pedimos desculpa.
Quando se coloca o orgulho de lado
E se admite aquilo que se deseja.
Muito menos podemos chamar de vulgar
Quando se diz a alguém, de quem se gosta, amo-te.
Muitas vezes complicamos aquilo que deveria ser,
Segundo as leis da natureza, extremamente simples.
Para mudar o rumo dos acontecimentos,
Basta apenas abrir o coração e a alma.
Dizer com toda a sinceridade possível
A verdade dos sentimentos.
Mostrar o nosso Eu, sem medos, sem pudores.
Receita fácil, para este cozinhado que é a Vida!
Texto: Lovely e vidrinhos
Foto: grENDel

Pincel da vida


Pincel da vida, que mistura as cores.
Ora triste, ora colorida,
Ora insípida, ora com sabores.
Paleta carnal onde te deixo experimentar
Novos tons, novos gostos, novos sons.
Só tu tens o dom de descobrir em mim
A tonalidade perfeita.
De veres em mim o modelo ideal.
Aquele de quem podes usar, e abusar,
Na arte de bem idealizar.
Tu és artista!
E eu…
Eu sou somente aquela que se deixa
Levar na onda do prazer das tuas mãos…
Foto: Mariah

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Se ao menos soubesses tudo o que eu não disse

Se ao menos soubesses tudo o que eu não disse
ou se ao menos me desses as mãos como quem beija
e não partisses, assim, empurrando o vento
com o coração aflito, sufocado de segredos;
se ao menos percebesses que eram nossos
todos os bancos de todos os jardins;
se ao menos guardasses nos teus gestos essa bandeira de lirismo
que ambos empunhamos na cidade clandestina
quando as manhas cheiravam a óleo e a flores
e o inverno espreitava ainda nas esquinas como uma criança tremendo;
se ao menos tivesses levado as minhas mãos para tocar os teus dedos
para guardar o teu corpo;
se ao menos tivesses quebrado o riso frio dos espelhos
onde o teu rosto se esconde no meu rosto
e a minha boca lembra a tua despedida,
talvez que, hoje, meu amor, eu pudesse esquecer
essa cor perdida nos teus olhos.
Texto: Joaquim Pessoa
Foto: Mariah

terça-feira, 10 de junho de 2008

segunda-feira, 9 de junho de 2008

domingo, 1 de junho de 2008

Frente a frente


Frente a frente, olhos nos olhos.
Bebo sofregamente, como um viajante que faz
Uma travessia no deserto, as palavras que jorram da tua boca.
Enquanto falas observo-te.
Procuro reter na mente o contorno dos teus lábios,
a cor dos teus olhos, o teu sorriso sincero,
o som da tua gargalhada, o aroma do perfume que usas.
Qualquer ínfimo pormenor teu me interessa.
Sinto-te distante!
Estás ali, mas não te sentes à vontade.
Desvias imensas vezes o olhar,
como se tivesses medo de me encarar de frente.
Como se soubesses ler nos meus olhos os
meus desejos, as minhas vontades.
Tens medo do que vês, por isso foges.
Desculpa… não mais consigo esconder
este sentimento por demais evidente…
Está estampado no meu rosto, gravado na minha alma.
Corre-me nas veias, directo ao coração…

sábado, 31 de maio de 2008

sexta-feira, 30 de maio de 2008

terça-feira, 27 de maio de 2008

Que o vento leve a dor...


Cansada me sinto, triste estou.
Cheguei à conclusão que tudo terminou.
Acabou, mesmo antes de começar.
Uma historia bonita, que tinha pernas para andar.

Não lamento o que no passado vivi
Não sinto perdidas as lágrimas que verti.
Desejo um futuro risonho, promissor
Uma vida feliz, plena amor.

Hoje estou só, e me sinto abandonada.
Vou dormir com a certeza que fui passada.
Amanhã acordarei com o sol a brilhar,
Pois mesmo que chova, eu saberei disfarçar.

Assim é a vida! Temos que nos resignar.
Se não nos querem, não podemos obrigar.
Cabeça levantada, fé num novo amor,
E que o vento leve o que resta desta dor…

Rosa com espinhos


Uma rosa cresce na tua ausência. Não
a posso colher, a essa rosa vermelha que
incendeia a secura dos meus olhos. Limito-me
a vê-la, a rosa do centro, na sua rotação
de sentimentos e hesitações. Embarco
no rumo que ela me indica. Sei
que me conduzirá para o porto dos teus
braços, onde ainda estremecem as marés
do amor.

Mas se a tua ausência me oferece
esta rosa, de que me servem os seus
espinhos? Lambo devagar as suas
feridas, sentindo correr pela minha alma
o sangue fresco da tua voz: a voz que abranda
quando o fogo se apaga, e de cuja
brancura se soltam os ventos que empurram
o desejo. Levam-me para
os teus lábios, a quem a rosa
roubou a mais pura cor.

Abraço então o teu corpo de flor, roubando
à rosa o gozo da sua cor.
Texto: Nuno Júdice In Teoria Geral do Sentimento
Foto: Lovely

Não me peças a alma...


Pelo meu corpo percorre a harmonia dos teus dedos.
Revelando os teus desejos, os meus segredos.

Olho o teu olhar carinhoso.
O teu sorriso amoroso.
Ao ouvido quero sussurrar-te.
As coisas que o meu corpo deseja dar-te.

Beija-me o seio, beija-me o sexo, beija-me a boca.
Até me deixares louca.
Funde em mim o teu extâse, a tua loucura.
Agarra as minhas mãos em momentos de ternura.

Quero sentir-te dentro de mim.
A rasgar-me, tomar-me sem fim.
Mas não me peças mais nada.
Caminhámos até ao fim da estrada.

Dou-te o corpo, entrego-te os momentos.
Não me peças a alma, não me exijas os pensamentos.
Texto: Barely Ilegal
Foto: Autor Desconhecido

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Quero-te!




Quero-te, como se fosses
a presa indiferente, a mais obscura
das amantes. Quero o teu rosto
de brancos cansaços, as tuas mãos
que hesitam, cada uma das palavras
que sem querer me deste. Quero
que me lembres e esqueças como eu
te lembro e esqueço: num fundo
a preto e branco, despida como
a neve matinal se despe da noite,
fria, luminosa, voz incerta de rosa.

Texto: Nuno Júdice

Sou Tua



Sou tua quando, no íntimo das noites, meu pensamento se esvai em busca de te encontrar por entre as lembranças dos momentos passados contigo.
Sou tua quando o quente dos dias arrefece de modo abrupto perante o impacto do frio da saudade.
Sou tua por entre palavras e gestos de amor que me fazem levitar e existir em ti.
Sou tua quando uno o meu ser ao teu por um sentimento que me arrebata os sentidos.
Sou tua entre rios e marés de esperança.
Sou tua em cada primavera a florir
Sou tua para toda a eternidade pois só tu conheces cada pedaço de mim, cada canto da minha alma, cada bater do meu coração.
Sou tua porque o destino assim o entendeu, quando fez com que nos cruzássemos e não mais quis que nos separássemos.

Texto: As Quatro

A dor da saudade



Os teus olhos doces
Cruzavam os meus
Num mar de promessas...

Sentia-te perto,
Ardendo por mim.
E agora?

Não sinto o teu calor,
Não sinto o teu olhar,
Não sinto o teu amor
Fazendo-me vibrar.

Os teus olhos doces
Cruzavam os meus
Num mar de loucura...

Sentia-te ardendo,
Tão perto de mim.
E agora?

Texto: princesa
Foto: Cristina Bento

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Prisioneira da razão


Madrugada dentro.
Tento passar para o papel o que me vai na alma,
No coração, na vontade, no desejo…
Difícil escolher as palavras certas para se
Descrever sentimentos tão complexos.
Nem sempre o que vai na alma
É igual ao que o coração sente.
Nem sempre o desejo e a vontade
Andam lado a lado.
Encontro-me prisioneira da razão.
A porta fechou-se, o espectáculo acabou.
Faliu em mim a esperança de reviver
O que vivi um dia…
Foto: Thorsten Jankowski

terça-feira, 20 de maio de 2008

Baloiçar da Vida


Baloiço ao sabor do vento, na morada da vida.
Procuro o vulto que me persegue.
Onde estás tu ser que habita meus sonhos?
Por onde andas?
Vem agora… que estou desperta!
Olho, mas não te consigo vislumbrar.
Estendo os meus braços, procuro te alcançar,
Pois sinto-te junto a mim.
Mas, encontro apenas o vazio…
O mesmo vazio que trago dentro do peito
Provocado pela saudade de não te Ter.
Desejo-te, mas não te consigo segurar.
Foges-me por entre os dedos como o ar
Que me trespassa por entre as mãos,
Que mantenho estendidas na falésia do tempo.
Triste baloiçar este que me empurra
Para o incerto e me devolve o eco,
A certeza de te Ter somente nos meus sonhos.
Foto: Liliana Sanches

Chamo por ti...



Como se o teu amor tivesse outro nome no teu nome,
chamo por ti; e o som do que digo é o amor
que ao teu corpo substitui a doçura de um pronome
- tu, a sílaba única de uma eclosão de flor.

Diz-me, então, por que vens ter comigo
no puro despertar da minha solidão?
E que mumúrio lento de uma cantiga de amigo
nos repete o amor numa insistência de refrão?

É como se nada tivesse para te dizer
quando tu és tudo o que me habita os lábios:
linguagem breve de gestos sábios
que os teus olhos me dão para beber.


Texto: Nuno Júdice
Foto: emsvangoth

quarta-feira, 14 de maio de 2008

sábado, 10 de maio de 2008

quinta-feira, 8 de maio de 2008

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Estado de alma...




Engraçado como se pode mudar de humor de um minuto para outro!
Basta uma palavra, um gesto, uma atitude incompreendida para o humor passar de feliz, divertido, risonho para triste, melancólico, incógnito…
A capacidade do ser humano é extraordinária!
Consegue, muitas vezes sem o querer, mudar o estado de espírito de outrem.
Há pequenas coisas que nos afectam. Pequenas aos olhos de qualquer outra pessoa, mas grandes aos nossos olhos. Grandes, ao ponto de nos deixar sem palavras, sem atitude, sem rumo…
Será que é por nós sermos frágeis e nos deixamos afectar? Ou será porque há pessoas na nossa vida que de um momento para o outro, quase sem darmos por ela, significam mais para nós do que nós alguma vez imaginamos?
Gostava de saber não me afectar com estas pequenas (grandes) atitudes e dar a volta por cima, de modo a andar sempre com um sorriso no rosto.
Felizmente (ou infelizmente, não sei…) ainda não encontrei a fórmula para deixar de ser humana e passar a ser máquina.
Nessa altura tudo faria sentido, pois nada mais seria sentido…!


Foto: Liliana Sanches