quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Queria dizer tantas coisas... (dedicado à IlhaDeBruma)


Queria dizer tantas coisas...
Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contratos, e presentes não são promessas. E não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso.
Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destruí-la, e que podes fazer coisas num instante, das quais te arrependerás pelo resto da vida.
Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que tu tens na vida, mas quem tens na vida. Descobres que as pessoas com quem mais te importas na vida, são tiradas de ti muito depressa; por isso, sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vemos.
Aprendes que paciência requer muita prática.
Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não dá o direito de seres cruel.
Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém. Algumas vezes, tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo.
Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, tu serás em algum momento, condenado.
Aprendes que não importa em quantos pedaços teu coração foi partido, o mundo não pára para que o consertes.
E, finalmente.
Aprendes que o tempo, não é algo que possa voltar para trás. Portanto, planta teu jardim e decora tua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E percebes que realmente podes suportar... que realmente és forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor, e que tu tens valor diante da vida!
E só nos faz perder o bem que poderíamos conquistar, o medo de tentar!

Texto: Shakespeare
Foto: Lovely

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

És tu o meu Eu!




És tu o meu Eu!
No exterior o vento uiva,
Como que para se fazer sentir,
deixar patente a sua presença e revelar todo o seu poder.
Quando descansa (sim porque o vento também necessita de restabelecer as forças, de revitalizar-se)
a chuva vem de mansinho, qual menina tímida,
que vai descobrindo o seu rosto tapado com os cabelos,
e impõe-se.
Aos poucos torna-se mais impetuosa, mais permanente,
mais intensa e fria…
Lá fora, começa mais um dia de Inverno,
mas cá dentro o calor impera sobre o frio.
Dois corpos dançam ao som do prazer,
que sabem apenas juntos conseguirem alcançar.
E, assim como a chuva, também eles de mansinho
descobrem caminhos nunca antes percorridos, ou imaginados.
Traçam rumos de vitoria e esquecem o resto do mundo…
Como o Inverno, que só se completa com a chuva por perto,
também eu só sou Eu quando estás a meu lado.
Só tu me preenches, só tu dás sentido a esta dádiva
a que chamamos vida…

Texto: Lovely e vidrinhos
Foto: m(n)m

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Ausência




Eu deixarei que morra em mim
o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa
de me veres eternamente exausto.

No entanto a tua presença
é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto
existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.

Não te quero ter porque em meu ser
tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim
como a fé nos desesperados.

Para que eu possa levar uma gota de orvalho
nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne
como uma nódoa do passado.

Eu deixarei...
tu irás e encostarás a tua face em outra face
Teus dedos enlaçarão outros dedos
e tu desabrocharás para a madrugada.

Mas tu não saberás
que quem te colheu fui eu,
porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face
na face da noite e ouvi a tua fala amorosa
Porque meus dedos enlaçaram os dedos
da névoa suspensos no espaço.

E eu trouxe até mim a misteriosa essência
do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros
nos portos silenciosos.
Mas eu te possuirei mais que ninguém
porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar,
do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente,
a tua voz ausente,
a tua voz serenizada.

Texto : Vinicius de Morais
Foto: Hugo Tinoco

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Exaltação da Pele



Hoje quero com a violência da dádiva interdita.
Sem lírios e sem lagos
e sem o gesto vago
desprendido da mão que um sonho agita.
Existe a seiva. Existe o instinto. E existo eu
suspensa de mundos cintilantes pelas veias
metade fêmea metade mar como as sereias.

Texto: Natália Correia
Foto: Bruno Abreu

sábado, 26 de janeiro de 2008

Dou-te o corpo... Não me peças a alma...

























Pelo meu corpo percorre a harmonia dos teus dedos.
Revelando os teus desejos, os meus segredos.

Olho o teu olhar carinhoso.
O teu sorriso amoroso.

Ao ouvido quero sussurrar-te.
As coisas que o meu corpo deseja dar-te.

Beija-me o seio, beija-me o sexo, beija-me a boca.
Até me deixares louca.

Funde em mim o teu extâse, a tua loucura.
Agarra as minhas mãos em momentos de ternura.

Quero sentir-te dentro de mim.
A rasgar-me, tomar-me sem fim.

Mas não me peças mais nada.
Caminhámos até ao fim da estrada.

Dou-te o corpo, entrego-te os momentos.
Não me peças a alma, não me exijas os pensamentos.

Texto: Barely Ilegal
Foto: A. Brito

Preciso do teu amor


O que desejei às vezes


O que desejei às vezes
Diante do teu olhar,
Diante da tua boca!

Quase que choro de pena
Medindo aquela ansiedade
Pela de hoje - que é tão pouca!

Tão pouca que nem existe!
De tudo quanto nós fomos,
Apenas sei que sou triste.

Texto: António Botto in Aves de Um Parque Real
Foto: Mariah

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Entre os teus lábios




Entre os teus lábios
é que a loucura acode,
desce à garganta,
invade a água.

No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.

Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.

Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.

Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha.

Texto: Eugénio de Andrade
Foto: Yuri Bonder

Conheço o Sal


Conheço o sal da tua pele seca
depois que o estio se volveu inverno

da carne repousando em suor nocturno.

Conheço o sal do leite que bebemos
quando das bocas se estreitavam lábios
e o coração no sexo palpitava.

Conheço o sal dos teus cabelos negros
ou louros ou cinzentos que se enrolam
neste dormir de brilhos azulados.

Conheço o sal que resta em minha mãos
como nas praias o perfume fica
quando a maré desceu e se retrai.

Conheço o sal da tua boca, o sal
da tua língua, o sal de teus mamilos,
e o da cintura se encurvando de ancas.

A todo o sal conheço que é só teu,
ou é de mim em ti, ou é de ti em mim,
um cristalino pó de amantes enlaçados.

Texto: Jorge de Sena
Foto: A. Brito

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Volta até mim...


Volta até mim no silêncio da noite
a tua voz que eu amo, e as tuas palavras
que eu não esqueço. Volta até mim
para que a tua ausência não embacie
o vidro da memória, nem o transforme
no espelho baço dos meus olhos. Volta
com os teus lábios cujo beijo sonhei num estuário
vestido com a mortalha da névoa; e traz
contigo a maré da manhã com que
todos os náufragos sonharam.


Texto: Nuno Judice
Foto: Bruno Abreu

Pensamentos Soltos II


Textos: IlhaDeBruma
Foto:Miarri

domingo, 20 de janeiro de 2008

Medo de Amar




Vire essa folha do livro
E se esqueça de mim
Finja que o amor acabou
E se esqueça de mim
Você não compreendeu
Que o ciúme é um mal de raiz
E que ter medo de amar
Não faz ninguém feliz
Agora vá sua vida
Como você quer
Porém não se surpreenda
Se uma outra mulher
Nascer de mim
Como no deserto uma flor
E compreender que o ciúme
É o perfume do amor

Vinícius de Morais

Apetecia-me...


Texto: IlhaDeBruma

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Credo


Creio na tua voz, que me acalenta
Creio no teu olhar, que me quebranta
Ao teu querer, a sombra se levanta
E se transforma em vida, que me tenta.

Creio na tua boca, doce e lenta
A estrangular-me os gritos na garganta
Creio nas tuas mãos tão fortes - quanta
Sede a tua carícia de sedenta!

Creio no teu poder, que me domina,
E traça, nesta vida, a minha sina
Na embriaguez, na dor de ser mulher.

E a vida é grande! A vida é boa e linda!
Mas, se além dela, eu for contigo ainda...
Será tão bom, amor, tão bom morrer...

Texto: Albertina Saguer
Foto: Tomohide Ikeya

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Anoitecer deslumbrado


Os olhos, os traços soltos em carícias leves,
murmuram o mundo, a sua dança, o seu clamor,
os seus aromas festivos,
e a lua, em seu rosto levíssimo flutua,
porque o sol é o astro, que em seu silêncio levita.

Na extremidade das flores, onde um veludo
precioso dormita,
a vida é o anoitecer deslumbrado.
Nos olhos de um Poeta, a dança do mundo,
os seus desenhos festivos acariciam a luz,
os seus bailados.
Nos jardins do seu nome, as palavras
resplandecem.

Nos ramos do silêncio, um pássaro pousou,
ainda há pouco,
nas praias obscuras, em suas fúlgidas areias
o Poeta, em seus olhos de silêncio se banhou,
inebriado de canto e púrpura
e os seus traços, acompanhando os acordes
misteriosos, reinventaram os ritmos,
a criação,
sobre membranas fluidas,
recamadas de vida.


Texto: Maria do Sameiro Barroso, in,
"António Ramos Rosa, Fotobiografia", 2005
Foto: Alba Luna

Elegia




Nem os dias longos me separam da tua imagem.
Abro-a no espelho de um céu monótono, ou
deixo que a tarde a prolongue no tédio dos
horizontes. O perfil cinzento da montanha,
para norte, e a linha azul do mar, a sul,
dão-lhe a moldura cujo centro se esvazia
quando, ao dizer o teu nome, a realidade do
som apaga a ilusão de um rosto. Então, desejo
o silêncio para que dele possas renascer,sombra,
e dessa presença possa abstrair a
tua memória.

Texto: Nuno Judice
Foto: Julio Segura Carmona

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Sente-me!













Fogem-me as palavras!
Queria saber escrever bonito
Para através de algumas quadras
Dizer aquilo que por ti sinto.

Queria subir à montanha mais alta
E gritar a plenos pulmões
O quanto sinto a tua falta,
Que só Tu mexes com as minhas emoções.

Beijo-te… Mas, só em sonhos…
(a realidade é muito cruel!)
Acordo com lágrimas nos olhos
E, na boca, o sabor a mel.

Oh, Luz da minha vida!
Eterna em mim serás presente.
Não posso anunciar-te, assim florida
Mas peço-te: Sente-me… Sente-me…


Texto e Foto: Autores Desconhecidos

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Quanto, quanto me queres?

Quanto, quanto me queres? - perguntaste
Numa voz de lamento diluida;
E quando nos meus olhos demoraste
Na luz dos teus senti a luz da vida.

Nas tuas mãos as minhas apertaste;
Lá fora a luz do Sol já combalida
Era um sorriso aberto num contrate
Com a sombra da posse proibida...

Beijámo-nos, então, a latejar
No infinito e pálido vaivém
Dos corpos que se entregam sem pensar...

Não perguntes, não sei - não sei dizer:
Um grande amor só se avalia bem
Depois de se perder.
Texto: Antonio Botto
Foto: Paulo César

Gatinha de estimação

















Princesa colorida mimosa e pequenita
companheira e amiga nos momentos de solidão;
Felina domesticada audaz e misteriosa
flexível e perspicaz em movimentos de satisfação;
Criatura independente dócil e fiel
inteligente e reservada que me afaga o coração;
Pérola valiosa nobre e iluminada rara
e tão comum minha gatinha de estimação.

Texto: Autor Desconhecido

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Soneto da Separação


De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez o drama.

De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente.

Texto: Vinicius de Morais

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Abraço!


Abraço toda a emoção
Da nossa eterna paixão
Que guardo no coração
Na dor desta nossa separação.
Abraço as emoções vividas
De memoráveis viagens feitas
Por terras desconhecidas
E por nós exploradas.
Abraço teu doce olhar
Perante este imenso mar
Numa noite de luar
Depois do prazer de te amar.
Abraço a aura do teu ser
Nesta minha vontade de te ter
E saber que mesmo assim vou sofrer
Pois ter-te, não voltará a acontecer…

Texto:IlhaDeBruma
Foto: Kazuo Okubo

sábado, 5 de janeiro de 2008

Os Meus Versos



Rasga esses versos que eu te fiz, Amor!
Deita-os ao nada, ao pó, ao esquecimento,
Que a cinza os cubra, que os arraste o vento,
Que a tempestade os leve aonde for!

Rasga-os na mente, se os souberes de cor,
Que volte ao nada o nada de um momento!
Julguei-me grande pelo sentimento,
E pelo orgulho ainda sou maior!...

Tanto verso já disse o que eu sonhei!
Tantos penaram já o que eu penei!
Asas que passam, todo o mundo as sente...

Rasgas os meus versos... Pobre endoidecida!
Como se um grande amor cá nesta vida
Não fosse o mesmo amor de toda a gente!...

Texto:Florbela Espanca
Foto: Liliana Sanches

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Sentimento Incerto


Tristeza...Amargura...Solidão!!!
Vejo-me rodeada de pessoas que me amam e me querem, no entanto sinto-me muitas vezes Só.
Gostava de saber fazer a viagem de descoberta ao meu interior para poder arrancar do peito esta sensação.
Queria descobrir o caminho certo para fazer o sol brilhar novamente, e afastar este nevoeiro que paira sobre a minha cabeça.
Será que podemos perder algo, ou alguém, que nunca foi realmente nosso??!!!
Será que o que é nosso nunca o foi?
Será que nos podemos perder a nós próprios?
Será que me posso perder na solidão de uma madrugada fria?
Será que posso embarcar na luz do teu olhar
e descobrir que afinal o meu mundo és Tu e só Tu?
Será que vivemos uma vida de ilusões e sonhos em que a realidade não passa de uma virtualidade?
Quero amar quem me ama e viver a utopia da felicidade desse amor...
Texto: IlhaDeBruma e Lovely

Amor Sem Tempo




Quisera a minha voz
entrar nas artérias do teu corpo.
Quisera ver a minha dor
vencida pelas cores do teu rosto
e roçar as pedras da calçada
na nudez do prazer.
Quisera, meu amor, falar de ti
a quem não sabe ouvir-me
e dar a minha intimidade
ao gesto de te ver.
Quisera pendurar os meus pedaços
na gruta do futuro
deste amor sem tempo.
Quisera acreditar que me acreditas
quando num beijo
te dou tudo em silêncio.

Texto: J. Alves dos Reis
Foto: Ana Rita Rodrigues

Lembranças...



Teu gemido,
Teu grito,
Tua lágrima,
Teu abraço,
Numa noite de amor
São lembranças
Inesquecíveis na minha alma.
O rolar do teu corpo
De prazer,
O beijo
Da felicidade alcançada,
O cabelo revolto
Pelo mar apaixonado,
O olhar
Nos momentos de paixão.
Tudo são pedras preciosas
Na minha alma...
Texto: IlhaDeBruma

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

Plena Mulher...

Plena mulher, maçã carnal, lua quente,

espesso aroma de algas, lodo e luz pisados,

que obscura claridade se abre entre tuas colunas?

que antiga noite o homem toca com seus sentidos?

Ai, amar é uma viagem com água e com estrelas,

com ar opresso e bruscas tempestades de farinha:

amar é um combate de relâmpagos e dois corpos

por um so mel derrotados.

Beijo a beijo percorro teu pequeno infinito,

tuas margens, teus rios, teus povoados pequenos,

e o fogo genital transformado em delícia

corre pelos ténues caminhos do sangue

até precipitar-se como um cravo nocturno,

até ser e não ser senão na sombra de um raio.

Foto: A. Brito

Texto: Pablo Neruda

Desejo Ardente...


Texto e Foto: Autor Desconhecido

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

Carpe Diem

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Confias no incerto amanhã? Entregas às sombras do acaso a resposta inadiável?
Aceitas que a diurna inquietação da alma substitua o riso claro de um corpo que te exige o prazer?
Fogem-te, por entre os dedos, os instantes; e nos lábios dessa que amaste morre um fim de frase, deixando a dúvida definitiva. Um nome inútil persegue a tua memória, para que o roubes ao sono dos sentidos. Porém, nenhum rosto lhe dá a forma que desejarias; e abraças a própria figura do vazio.
Então, por que esperas para sair ao encontro da vida, do sopro quente da primavera, das margens visíveis do humano? "Não", dizes, "nada me obrigará à renúncia de mim próprio --- nem esse olhar que me oferece o leito profundo da sua imagem!" Louco, ignora que o destino, por vezes, se confunde com a brevidade do verso.
Texto: Nuno Júdice
Foto: Lovely