terça-feira, 20 de maio de 2008

Baloiçar da Vida


Baloiço ao sabor do vento, na morada da vida.
Procuro o vulto que me persegue.
Onde estás tu ser que habita meus sonhos?
Por onde andas?
Vem agora… que estou desperta!
Olho, mas não te consigo vislumbrar.
Estendo os meus braços, procuro te alcançar,
Pois sinto-te junto a mim.
Mas, encontro apenas o vazio…
O mesmo vazio que trago dentro do peito
Provocado pela saudade de não te Ter.
Desejo-te, mas não te consigo segurar.
Foges-me por entre os dedos como o ar
Que me trespassa por entre as mãos,
Que mantenho estendidas na falésia do tempo.
Triste baloiçar este que me empurra
Para o incerto e me devolve o eco,
A certeza de te Ter somente nos meus sonhos.
Foto: Liliana Sanches

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